Megaupload, Vamos lá!





 O fundador do portal de partilha de ficheiros Megaupload, Kim Schmitz (mais conhecido por Kim Dotcom), propôs ir voluntariamente para os EUA para aí ser julgado por acusações de pirataria informática, crimes organizado e branqueamento de dinheiro, desde que as suas contas bancárias sejam descongeladas e desde que lhe seja garantida a liberdade condicional naquele país.


Kim Dotcom construiu um império graças aos
 negócios online
 (Foto: Michael Bradley/AFP)
Os EUA estão há vários meses a lutar pela extradição de Kim Dotcom mas a decisão acerca deste pedido só será conhecida em Março de 2013, após um adiamento anunciado esta semana. Estava previsto inicialmente uma decisão sobre esta eventual extradição para Agosto desde ano. 


“Nós iremos para os EUA. Não há necessidade de uma extradição. Queremos liberdade condicional e que descongelem as contas para podermos pagar aos advogados e para podermos viver”, indicou Dotcom através da sua conta de Twitter. 


Dotcom também afirmou que tanto ele como os três executivos do Megaupload que foram detidos em Auckland, na Nova Zelândia, em Janeiro último, estão dispostos a ir para os EUA contando que lhes seja garantido um julgamento justo e imparcial.


Mas “eles nunca aceitarão isto porque já sabem que não podem ganhar este caso”, comentou ainda Dotcom, em declarações publicadas pelo diário “New Zealand Herald”.


A decisão de adiamento do processo de extradição ficou a dever-se à complexidade que o processo adquiriu, depois de um tribunal neozelandês ter considerado ilegais as buscas à mansão de Kim Dotcom em Janeiro passado, que resultaram na detenção deste e no fecho daquela plataforma online. A justiça neozelandesa deliberou ainda que a decisão do FBI de copiar dados do computador do criador do Megaupload e levá-los para os EUA foi igualmente ilícita.


Em declarações ao “New Zealand Herald”, Dotcom confessou igualmente que as demoras no caso estão a afectar a sua capacidade de pagar as facturas “milionárias” dos 22 advogados que defendem actualmente a sua inocência em diversos países.


“Eles sabem que por cada movimento que façam tenho de enviar os meus advogados. Fazem-no para que não tenha a oportunidade de me defender a longo prazo”, disse. 


A detenção do fundador do Megaupload e de outros três executivos do portal (Mathias Ortmann, Finn Batato e Bram van der Kolk) em Janeiro último ocorreu no âmbito de uma operação internacional contra a pirataria informática orquestrada pelo FBI. Todos aguardam, agora em liberdade, o próximo passo do processo.


As autoridades norte-americanas querem julgar um total de sete executivos do Megaupload, incluindo os quatro que foram detidos na Nova Zelândia por delitos de pirataria informática, crime organizado e branqueamento de dinheiro. Washington argumenta que o Megaupload causou à indústria cultural norte-americana mais de 500 milhões de dólares (406 milhões de euros) de prejuízo.


Todos os acusados negam qualquer envolvimento numa rede que tinha como objectivo violar direitos de autor, argumentando que o Megaupload era um site legítimo de partilha de ficheiros.

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